Jan 12, 2014

Resultado do Concurso #2

Domo minna-san, hoje eu e a Mah finalmente acabamos de julgar as histórias que estavam participando do segundo concurso de originais, nós fomos as únicas juízas. Postarei as fic's que ficaram até o terceiro lugar e também a pontuação.

Eu que fiz este desenho, nyah.



Em primeiro lugar tivemos a história da Hina Prado, Menino de asas. A história ficou em primeiro lugar, por atingir a pontuação máxima de 110 pontos, além disso a ideia que ele trás de sermos nós mesmos é fantástico.

Menino de Asas



Um menino diferente capaz de alcançar o céu, capaz de viajar sobre as nuvens, capaz de voar até ao infinito, capaz de ser livre, mas vive acorrentado pela vergonha de suas asas, pela vergonha de ser o que é, um Menino de Asas, mas no fundo ele amava-as e achava-as lindas e extraordinárias.
Ele sofreu em silêncio, sofreu sozinho, até que um dia cansado dos cometários de mau gosto, cortou-as sem piedade, sem pensar suas vezes.
Chorou, chorou três noites seguidas, chorou de arrependimentos e de alívio, arrependimento por ter tirado algo dele tão lindo, e alívio por saber que agora ele era normal como todos os outros meninos.
Pobre menino ainda tinha tanto para aprender.
De nada adiantou ter cortado as suas belas asas, as plumagens brancas podem ser tiradas mas nunca a sua estrutura, pois aquilo fazia parte do que ele era e isso ele nunca poderia mudar por mais que quisesse.
Agora ele não se destaca mais no meio da multidão, agora é como todos os outros meninos sem asas, sem sonhos, sem objetivo. Às vezes ele fica horas olhando o céu ensolarado, relembrando de quando ele podia voar, de quando podia atravessar as nuvens e senti-las bater em seu rosto, de quando podia sentir aquela brisa suave que só nas nuvens mais distantes existem.
Aos poucos, ele foi percebendo que ser normal como os outros não era uma coisa boa e que ele não queria ser como eles, pessoas insensíveis e egoístas que precisam de humilhar alguém para se sentirem superiores. Ele não era assim e nunca seria, ele era um menino de asas, ele é melhor que qualquer uma daquelas pessoas, não pelo fato de ter asas mas sim pelo fato do seu coração ser puro e de nunca ter sinto corrompido.
Pouco a pouco, as suas plumagens foram crescendo mais lindas do que antes e á medida que elas cresciam, a vergonha diminuía e as correntes que o aprisionavam eram quebradas. E por fim ele era livre como um pássaro de asas abertas, pronto para voar para longe da gaiola.

O segundo lugar vai para a escritora Anju Maaka, que ganhou o nosso último concurso, ela não atingiu a nota máxima pois faltou uma capa para a história dela. A história como sempre esta muita boa e bem escrita, assim como a fic da Hina, Silent Mind trás um ideia que devemos defender as nossas ideias, devemos ser quem somos e somente nós e nossas atitudes podem nós defenir.

Silent Mind







Havia um pequeno tablado no centro da sala de aula, não era nada excepcional. Do lado direito estava o garoto mais popular da escola, Jack Gray, um loiro de 17 anos; do outro lado estava eu, Christie Helly. Muitas pessoas me consideram esquisita só porque tenho outros ideais de vida.
Tenho 17 anos, cabelos pretos longos e lisos, minha pele é clara e meus olhos são caramelo. Eu e Jack estávamos preparados para um debate.
– Estão preparados. Bem vocês dois vão representar seus ideias, quero que defendam ao máximo suas teses. Darei a cada um dez minutos para realizar o discurso.
Olhei para Jack e ele me olhava com certa pena, enfim ele começou o discurso.
– Garotos e garotas, estamos aqui hoje para ver e melhorar a nossa situação nesta escola, vejam o quanto de luxo não temos, somo obrigados a estudar diversas horas por dia...
(...)
10 minutos...
Esse foi tempo que Jack demorou para realizar seu discurso, ao final várias pessoas o aplaudiram e o ovacionavam. Forcei um pouco minha voz, a maioria das pessoas presentes na sala me olharam com uma cara feia e sabia que eles não queriam saber da minha opinião. Uma vez rotulado esquisita era quase impossível você ser reconhecido, mas depois das palavras que proferi minha situação piorou...
– Minha tese é mudar o padrão das pessoas desta escola, por muitas vezes vocês rotulam as pessoas de uma forma completamente errada. Quando cheguei aqui nesta escola, vocês simplesmente me rotularam como um esquisita, isso não é a verdade, eu sou uma pessoa comum com interesses diferentes.
O professor olhava eu falar atentamente, anotando tudo em um bloquinho de notas.
– Vocês os "populares" se acham o topo da sociedade escolar, vocês não ligam para nada a não ser vocês mesmos. Eu não tenho um pai rico e não vou contar uma herança de milhões para sobreviver, eu ao contrário de vocês me esforçarei e me tornarei alguém na vida. Não vou ficar todo mês pedindo mesada para meu pai, vou conseguir eu mesma.
Eu estava mais desabafando do que realmente fazendo uma proposta interessante, que pudesse mudar tudo.
– Eu pretendo mudar, as maneira como as pessoas são tratadas pelos populares, pretendo fazer reinar nesta escola uma igualdade.
As pessoas começaram a rir da minha cara, das minhas propostas e jogaram um caderno em mim. Eu não sabia que as pessoas podiam ser tão cruéis, não sabia que expor minha opinião me afetaria de tal forma; talvez eu devesse ter cogitado esta ideia.
Sai correndo da sala de aula e fui direto para a enfermaria, eu passava a maior parte do tempo isolada ou em locais pouco frequentados. Uma vez considerado esquisito, ninguém nunca falaria com você, a não ser para te constranger.
(...)
O sinal finalmente havia tocado, peguei minha mochila e sai correndo da sala. O caminhos para minha casa era longo e eu passava por alguns locais considerados perigosos, eu não via perigo... mas talvez eu devesse ter visto, pelo menos naquele dia.
Escutei passos vindo em minha direção, me deparei com dois garotos da escola, corri em direção a minha casa na tentativa de fugir de meus perseguidores. Bati em uma pessoa forte, não fui ao chão porque a tal pessoa me segurou e pediu para que eu o acompanhasse; não sei quais motivos me levaram a seguir um estranho.
Estávamos em uma isolada casa de madeira, seria difícil qualquer pessoa me encontrar, nem mesmo eu tinha conhecimento daquela casa.
O homem acendeu a luz e pude perceber que era Jack, seus cabelos loiros eram semi iguais. Ele se aproximou de mim, meus pensamentos ficavam confusos, meus batimentos se aceleravam...
– Jack o que esta fazendo aqui?
–Christie. E-eu me desculpe, eu não queria fazer parte disso, mas você sabe como eles são.
Uma parte de mim entendia o Jack dizia, mas a outra não queria aceitar isso de jeito nenhum. Ele se aproximou ainda mais, me abraçou e me beijou.
– Eu te amei Christie, e sempre vou te amar. Só espero que entenda o que farei. - ele tirou cuidadosamente uma faca de cima da mesa
– Jack, o que você vai fazer?
– Eu não quero fazer isso, mas sou obrigado, não é minha escolha, é a decisão de todos.
Ele me golpeou três vezes, coloquei minha mão no ferimento e o vermelho líquido da vida escorria por entre meus dedos e levava a vida de meu corpo.
Eu morri naquela casa, por meus ideias. Assim como Jack eu tinha duas escolhas, mas morri pela qual juguei ser a mais correta.
Jack Gray tinha duas opções, ele poderia ter me deixado viver, mas eles viriam atrás da gente ou me matar. Mas creio que ficou uma certa dúvida, quem seriam eles? Eles são as pessoas que me rotularam, as pessoas que não aceitam mudança, as pessoas que estão no poder e querem continuar por lá.

Todas as histórias para o concurso estavam perfeitas, trataram que ótimos assuntos e confesso que se a Sr. Maaka tivesse colocado uma capa eu teria que escolher alguém para nos ajudar a desempatar. Enfim ambas são ótimas ou melhor excelentes e vale a penas lê-las. 




2 comments:

  1. OOooh é tão perfeitas as histórias realmente muito divas! ♥ Mereceram.. ♥

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  2. Eu ganhei?! To mega feliz por isso xD

    http://aishiteruemcontos.blogspot.pt

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